ERVAS DOS ORIXÁS

A Alquimia do Bem-Estar



Todo umbandista conhece a importância de um bom banho de ervas em sua vida. 

[...] Eu classifico as ervas em três categorias: agressivas ou quentes, equilibradoras ou mornas e frias ou específicas. Essa classificação não tem a ver com temperatura física. 

Classifiquei dessa forma para termos um parâmetro físico, palpável. As ervas quentes ou agressivas, como a Arruda, o Guiné, o Alho, entre muitas outras, são aquelas ervas que executam uma limpeza astral profunda. São agressivas porque sua utilização sem critério pode causar transtornos energéticos, pode além de limpar as impurezas "astralinas" alojadas em nossos corpos astrais, esgotar energia vital, importante para nós. 

Todos os seres existentes em nosso planeta possuem uma aura de energia que envolve e circunda o corpo material, inclusive as Plantas. Essa aura é carregada de acordo com a vibração do corpo que a rege, apresentando diferentes cores e intensidades. Plantas que foram cultivadas com o uso de adubos orgânicos tem um campo de energia mais equilibrado e luminoso do que aquelas produzidas com a ajuda de aditivos agroquímicos. 

Por isso é preferível se utilizar de uma planta proveniente de um jardim orgânico ou doméstico, ou colhida no meio de uma mata a uma comprada proveniente de produção agrícola.

Na Umbanda, utilizamos plantas para equilibrar as emoções, sentimentos e para limpeza energética das pessoas e de ambientes por meio de banhos, defumações e sacudimentos (bater folhas).

Deve-se tomar muito cuidado para usar essas ervas no chacra coronal. Recomenda-se esse uso apenas a partir da necessidade identificada por uma entidade de confiança, incorporada num médium também de confiança. Essa regra vale também para o Sal Grosso. Digo médium de confiança porque o médium não se exclui da responsabilidade do uso de uma erva recomendada pelo seu guia. Por isso é importante o médium buscar o conhecimento, para que o bom senso prevaleça.

Neste caso utilizamos algumas ervas consideradas mornas ou equilibradoras. Uma das funções dessas ervas é reajustar o campo energético, quando ele foi agredido pela ação de uma das ervas quentes.

O triângulo das grandes equilibradoras é formado por Sálvia, Alfazema e Alecrim. Existem muitas outra ervas nessas categorias. O importante não é se apegar num método de classificação ou num dogma de utilização ritualística. Lembre-se: amor e bom senso!

ERVAS DOS ORIXÁS       

OXALÁ

Erva Quentes: Açoita cavalo, erva de bicho, mamona, orégano, alho, fumo (tabaco), comigo ninguém pode, ...

Verbos atuantes nas ervas quentes: descarregar, punir, redimir, resfriar, retificar, retrair, esterilizar, tragar, cristalizar (no sentido de paralisar), assumir (responsabilizar)

Ervas Mornas: alcachofra, alcaçuz, alecrim, alfazema, aquiléia (mil folhas), bardana, boldos (todos), girassol, hortelã, incenso, levante, manjericão, manjerona, rosa branca, sálvia, tomilho, folha da costa (saião), ...

Verbos atuantes nas ervas mornas: pacificar, abrandar, amparar, compreender, clarear, conceder, congregar, homogenizar, irradiar, perdoar, solucionar, restituir, vitalizar, vivificar, beneficiar, ...

Ervas frias: algodoeiro, angélica, anis estrelado, artemísia, cravo da índia, ipê roxo, jasmim, laranjeira, louro, noz de cola (obi), pichuri, saco-saco, sândalo, verbena, ...

Verbos atuantes nas ervas frias: prover, acrescentar, construir, cristalizar (no sentido de fundamentar), começar, determinar, levantar, amadurecer, constituir

LOGUNÃ / OYÁ (Tempo)

Erva Quentes: Cânfora, cipó suma, eucalipto, orégano, bambu (folhas), pinhão branco, tiririca, chorão (salgueiro)

Verbos atuantes nas ervas quentes: resfriar, retornar, girar, inverter, paralisar (no tempo), congelar, virar, voltar, puxar, esgotar...

Ervas Mornas: Benjoim, chapéu de couro, hortelã (mentas), nós de cola(obi), sabugueiro, rosa amarela, girassol, peregun rajado (dracena), incenso folhas (iboza), limão folhas, cipó prata, erva de santa luzia, imburana semente, losna, pichuri, verbena, capuchinha, mil folhas, sensitiva.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Conduzir, gostar, encontrar (ligado à fé), levar (adiante), fluir (no tempo), adiantar (no tempo), acelerar, temporizar,trazer, levar (adiante), nivelar, graduar, eternizar.

OXUMARÉ

Erva Quentes: Angico, buchinha do norte, dandá, espinheira santa, orégano, urucum, valeriana, picão preto.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Calar, enraizar, densificar, resolver, diluir.

Ervas Mornas: Açafrão Raiz, Angélica Raiz, Barbatimão, Canela, Carapiá Raiz, Carqueja Amarga, Chapéu de Couro, Gengibre, Guaraná Semente, Hibisco Flor, Imburana Semente, Manjerona, Marapuama, Dente de Leão, Bálsamo, Catinga de Mulata, Serralha, Pinhão Branco, Peregun Rajado (dracena), Umbaúba, Milho, Pacová.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Cadenciar, colorir, renovar, rejuvenescer, restaurar, abrilhantar

OXUM

Erva Quentes: cipó cabeludo - cipó seda, buchinha do norte, ...

Verbos atuantes nas ervas quentes: amolecer, aprofundar, aproximar, misturar, confundir, expulsar, empedrar, estreitar, corroer (pelas águas), granular (reduzir a grãos), ...

Ervas Mornas: Alfavaca, Calêndula Flor, Camomila Flor, Canela, Carqueja Amarga, Catuaba - Pau de Resposta, Damiana, Graviola Folha, Imburana Semente, Laranjeira Folha, Macela Flor, Manjericão, Melissa Folha, Menta, Pata de Vaca, Poejo, ...

Verbos atuantes nas ervas mornas: Abastar, prosperar, conceber, florescer, agregar, unir, aproximar, flexibilizar, melhorar, receber , ...

Ervas frias: Malva cheirosa (rosa), rosas, erva doce, macela flor, melissa, patchouly , maçã, ...

Verbos atuantes nas ervas frias: Atrair, agregar, unir, aproximar, flexibilizar, melhorar, receber...

OXÓSSI

Erva Quentes: Guiné, picão preto, buchinha do norte, cânfora, espinheira santa, jurema preta casca, comigo ninguém pode, vence-tudo, ...

Verbos atuantes nas ervas quentes: Identificar, dividir, amarrar (cipó), explorar, contrair, deslocar, ...

Ervas Mornas: Abacateiro, Abre Caminho, Alecrim do Norte, Alecrim Comum, Alfavaca, Aquiléia, Arnica do Mato, Chá Verde, Café Folha, Cana do Brejo, Capim Cidreira, Carqueja Amarga, Cipó Caboclo, Cipó Cravo, Cipó São João, Confrey, Hortelã, Ipê Roxo, Jurubeba Mista, Louro, Folha de Manga, Manjericão, Samambaia, Sene, ...

Verbos atuantes nas ervas mornas: Expandir, direcionar, propiciar, fornecer, tornar hábil, suprir, caçar, curar...

OBÁ

Erva Quentes: Dandá, peregun roxo (dracena roxa), confrei, valeriana, buchinha do norte, ...

Verbos atuantes nas ervas quentes: Condensar, calar, engrossar, cravar, pregar, racionalizar, ...

Ervas Mornas: Tamarindo (casca do fruto), trapoeraba, rabanete (folhas), limão cravo, menta, pata de vaca, salsaparrilha, coentro, catinga de mulata...

Verbos atuantes nas ervas mornas: Aprender, concentrar, conhecer, estudar, fertilizar, saber, raciocinar...

XANGÔ

Erva Quentes: Angico, aroeira, arruda, jurema preta, urucum, garra do diabo, folha do fogo, pára-raio, urtiga (lenho)

Verbos atuantes nas ervas quentes: Purificar, sacudir, tremer, arder, endurecer, derreter, dissolver.

Ervas Mornas: Barba de Velho, Barbatimão, Café Folha, Carapiá Raiz, Cipó Cravo, Cipó São João, Hibisco Flor, Ipê Roxo, Manjericão Roxo, Noz de Cola, Obi Seco, Pau Pereira, Quebra Pedra, Romã Casca do Fruto, Beterraba folhas, Girassol flor, Lantana.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Equilibrar, racionalizar, reforçar, proteger, energizar...

IANSÃ

Erva Quentes: Buchinha do norte, cânfora, espada de sta. Bárbara, quebra demanda, mamona, picão preto, bambu, fumo (tabaco), para- ráio (sta. Bárbara), tiririca, vence demanda, pinhão roxo.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Arrastar, arrebatar, dissipar, fulminar, remover, ...

Ervas Mornas: Pitanga folha, peregun rajado, alfavaca, calêndula, camomila, cana do brejo, capuchinha, cidreira, cavalinha, chapéu de couro, cipó cravo, cipó s. joão, santa luzia, girassol semente, imburana, jurubeba, laranjeira, losna, sabugueiro, folha do fogo, pinhão branco.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Mover, movimentar, direcionar, espalhar, empurrar, agir, vibrar...

OGUM

Erva Quentes: Espada de S. Jorge, aroeira, espinheira santa, eucalipto, guiné, olho de cabra, pinhão roxo, valeriana, garra do diabo, lança de são jorge, espada de santa barbara, quebra demanda, picão preto, bambu, para raio, tiririca, limão, vence demanda...

Verbos atuantes nas ervas quentes: Prender, conter, cortar, despedaçar, acorrentar, destruir, arrasar, ...

Ervas Mornas: Abre Caminho, Anis Estrelado, Assa Peixe, Café Folha, Capim Cidreira, Carqueja Amarga, Catuaba - Pau de Resposta, Cavalinha, Damiana, Gengibre, Levante, Manga Folha, Marapuama - Quebra Facão, Menta, Pau Pereira, Pau Tenente, Pitanga Folha, Colônia, Peregun (dracena) verde, Peregun (dracena) rajada.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Ordenar, induzir, conduzir, encaminhar, fortalecer, proceder, readaptar, recalibrar...

EGUNITÁ

Erva Quentes: Arruda, buchinha do norte, cânfora, eucalipto, jurema preta, urucum fumo (tabaco), pára raio, tiririca, comigo ninguém pode, limão

Verbos atuantes nas ervas quentes: Queimar, consumir, aquecer, fundidor, fusor, ...

Ervas Mornas: Açafrão Raiz, Alfavaca, Arnica do Mato, Calêndula Flor, Canela, Artemísia, Carapiá Raiz, Chapéu de Couro, Cipó São João , Erva de Sta Maria Mentruz, Girassol - Semente c/ casca, Guaraná Semente, Imburana Semente, Incenso Resina, Laranja Amarga Casca Fruto, Folha de Laranjeira, Louro.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Energizar, inflamar, excitar, estimular...

OBALUAYÊ

Erva Quentes: Alho desidratado ou a casca do alho, cebola desidratada ou a casca da cebola, cipó cruz, valeriana, garra do diabo, mamona, picão preto, fumo (tabaco), chorão.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Contagiar, decantar, transmutar.

Ervas Mornas: Barba de Velho, Sálvia, Damiana, Salsaparrilha, Sete Sangrias, Trapoeraba, Sabugueiro Flor, Beterraba folhas, Catinga de Mulata, Ipê Roxo, Lantana, Umbaúba, Arroz, Velame.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Estabilizar, flexibilizar, curar, sanar, sarar, converter...

NANÃ

Erva Quentes: Cipó suma, pinhão roxo, chorão, peregun roxo.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Afogar, decantar, alagar...

Ervas Mornas: Alfavaca, Alfazema, Assa Peixe, Bardana Folhas, Camomila Flor, Cana do Brejo, Capim Rosário, Confrei, Erva de Sta Maria (Mentruz), Hibisco Flor, Mulungu Casca / Raiz, Noz Moscada, Sete Sangrias, Trapoeraba, ...

Verbos atuantes nas ervas mornas: Apaziguar, regenerar, renovar, converter, amadurecer.

OMULÚ

Erva Quentes: Alho desidratado, cipó cabeludo, dandá, olho de abra, orégano, pinhão roxo, valeriana, garra do diabo, mamona roxa, picão preto, urtiga, peregun roxo, chorão.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Reduzir, esvaziar, paralisar, tornar pó, ceifar, definhar.

Ervas Mornas: Alcachofra Folhas, Angélica Raiz, Capim Rosário, Chapéu de Couro, Cravo da Índia, Sete Sangrias, Trapoeraba, Manjericão, Manjericão Roxo, Noz de Cola - Obi Seco, verbena, Beterraba folhas, Catinga de Mulata, Ipê Roxo, Lantana, Mirra, Folha de Fogo.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Curar, extenuar, secar, abreviar.

YEMANJÁ

Erva Quentes: Erva de bicho, buchinha do norte, alho,

Verbos atuantes nas ervas quentes: Invadir, transbordar, corroer, derramar...

Ervas Mornas: Alfazema, Anis Estrelado, Rosa Branca, Camomila Flor, Manjericão, Erva de Sta Maria Mentruz, Hibisco Flor, Manjerona, Mulungu Casca / Raiz, Noz Moscada, Margarida, Sensitiva, Arroz..

Verbos atuantes nas ervas mornas: Gerar, fluir, sustentar, avolumar...

Essas ervas equilibradoras podem ser usadas na cabeça sem problema algum. O conhecimento é a única coisa que ninguém pode tomar de você. A partir das conquistas pessoais do médium, nesse campo do conhecimento, as entidades ficam muito mais à vontade para receitar ervas e outros elementos, pois o médium saberá também para que serve e não o bloqueará. Toda erva deve ser consagrada e essa consagração é muito simples: macere as ervas secas/frescas com as mãos pedindo para que Deus Pai Nosso Criador, as Forças da Natureza Vegetal, (e as forças que você quiser evocar e convidar para consagrar esse preparo), irradiem nessa mistura tornando-a viva e ativa para o fim a que se destina. Essa consagração pode (e deve) ser feita para banhos, defumações, chás, etc...

Não é difícil manipular ervas para o uso ritualístico, desde que não se esqueça as duas regras básicas Amor e Bom Senso.Desde os tempos mais remotos, é conhecida a utilização de ervas na cura de diversos tipos de doenças. O homem, pela própria necessidade e a carência de outras fontes, sempre buscou na natureza a solução de seus males. Conforme disse Hipócrates: "Que o teu alimento seja o teu remédio e que o teu remédio seja o teu alimento" - registrada há mais de três mil anos, é uma das provas mais antigas de que o alimento e a cura estão relacionados desde os primórdios.

Os Gregos usavam ervas e óleos aromáticos nos rituais religiosos. Estavam convencidos de que somente os deuses poderiam ter criado aromas tão profundos e acreditavam que os aromas naturais, podiam ser uma ponte para alcançar o Olimpo e receber as forças dos deuses, a proteção, a cura e a beleza.

O uso das ervas é milenar, os índios, os africanos, os egípcios, chineses e indianos, utilizavam as ervas para obter a cura do corpo e da alma.

Temos ao redor do nosso corpo físico um campo eletromagnético, composto por corpos sutis denominada "aura". No nosso dia a dia, temos preocupações, tristezas, e frustrações de acordo com a história familiar e particular de cada um e essa soma de emoções e sentimentos formam as criações mentais. Outrossim, estamos em contato com vários lugares, sendo que alguns podem conter vibrações negativas, miasmas, larvas astralinas, cargas tóxicas e criações mentais que aglutinam-se em nossa aura e quando permanecem por muito tempo impregnados, podem causar doenças no corpo físico.

Um exemplo disso é quando entramos em algum lugar e sentimos sonolência, agonia, angústia, dores nas costas e na cabeça. Ao tomarmos um Banho de Ervas, limpamos a nossa aura e harmonizamos os nossos chakras que são túneis por onde entram as energias no nosso corpo físico, fazendo com que voltem a funcionar normalmente.

Cada planta tem característica própria que interage com as nossas energias, provocando as mudanças necessárias.

As ervas tem o poder de limpar, energizar, proteger, limpar, equilibrar, etc.

Podemos utilizá-las para nos auxiliar em forma de banho, defumação, chá, aromaterapia, etc. É importante ressaltar que só isso não é o suficiente, porque a verdadeira proteção vem de dentro, a partir do auto-conhecimento , porém, podemos utilizar as ervas para ajudar a elevar nossas vibrações, criando um campo energético de proteção ao nosso redor.

IMPORTANTE!!

Obs.: o uso indiscriminado das ervas sem conhecer-lhes as propriedades terapêutico-fluídicas, podem acarretar grande transtorno de ordem energética, emocional e até física.

Algumas ervas têm profundo teor tóxico, por essa razão, a importância de conhecer profundamente suas propriedades e conseqüentes respostas do organismo humano.

Vale ressaltar que de nada adianta os banhos de ervas por mais eficazes que eles sejam, se não houver uma mudança do padrão de comportamento, do pensamento e a compreensão sobre o "porquê" mudar. Alguns colocam sua responsabilidade sobre:

a) outras pessoas são culpadas por eu estar assim...

b) naquele templo me passaram um banho mas não adiantou nada...

c) fiz um trabalho, mas me ensinaram errado...

Não se esqueça que: Tudo começa e termina em você, o autoconhecimento é essencial para que banhos de ervas, passes magnéticos e orientações espirituais façam o devido efeito em sua toda vida e não apenas, em uma determinada fase. A espiritualidade necessita do seu amor incondicional, da sua gratidão, da sua dedicação ao próximo, da sua prece, da sua flexibilidade e da sua iniciativa! 

O QUE É BIOPLASMA?

Bioplasma é a energia vital da planta. É essa energia somada à substância terapêutica de cada planta que faz com que alcancemos o efeito desejado .

As ervas recebem o magnetismo do sol, da lua, do próprio planeta através dos fluídos, dos eflúvios magnéticos com que a Terra é envolvida; crescem, absorvendo da atmosfera terrestre as energias que alimentam sua constituição etéreo-astral.

Quando manipuladas pelo homem, seja no momento do plantio, da colheita ou mesmo durante o processo de adubagem, rega e poda, as ervas assimilam, parcialmente, propriedades do ectoplasma humano. Transmutam a vitalidade absorvida, assim como outros elementos inerentes à sua constituição.

DESMISTIFICANDO O USO DAS ERVAS

Para entendermos como as ervas podem nos ajudar no dia a dia é preciso compreendê-las na forma que se apresentam.

ERVAS FRESCAS E ERVAS SECAS - DIFERENÇA

Há quem se divida nessa discussão. E não são poucos.Nas matriz africana afirmam piamente que as ervas secas estão mortas. Não admitem em hipótese alguma o uso desses exemplares da natureza já desprovidos de água.

São elementos que passaram por uma transformação. Da sua forma original foi retirado o líquido, a essência aquática. Mas isso não é ruim, não, pois é apenas diferente e muito apropriado para algumas práticas.

O fato da erva ter passado por esse processo transformador fez com que ela carregasse em si o próprio fator da transformação. A energia fica muito mais concentrada. Mas precisa ser acordada. É aí que começa a falta de conhecimento de quem as critica.

Acordar uma erva seca requer fé. É necessário acreditar que o elemento está vivo, ativo, vibrante e naquele momento está apenas em estado de dormência. As ervas secas normalmente são colhidas por pessoas que não conhecemos. Em situações que não sabemos. Por exemplo, não sabemos se, ao colher a erva, o indivíduo que o fez estava de tão mau humor, captando energias negativas do astral, que impregnou as ervas dessa essência densa.

E então, fazer o que ? 

Pois bem, foi dito que para colher a erva devemos nos dirigir com Amor e Bom Senso, muito respeito mesmo ao espírito vegetal. Esse mesmo espírito vegetal continua animando a erva depois de seca. Numa forma e essência diferentes.

Repetir a reza para acordar a erva: Amado Pai Criador de tudo e de todos nós, Amada Mãe Terra, força viva e geradora de tudo o que conhecemos e também do que desconhecemos. Sagradas forças vegetais, peço que tornem novamente essa erva força viva e ativa, capaz de responder aos meus estímulos e solicitações de cura e amparo energético e façam cada vez mais de mim, instrumento de vossa vontade maior.

Faça isso mesmo que mentalmente e irradie com as palmas de suas mãos em direção à erva, já desembalada e de preferência em um recipiente apropriado. O procedimento é o mesmo para a preparação de um chá.

Quando fazemos a evocação, mesmo nos preparos mais simples, aumentamos o poder curador, o poder fatorial fatoral, o verbo ou ação contida na erva.

Já para a erva fresca, o processo não é muito diferente. E veja, não estamos falando de dogma religioso. Falamos de procedimento correto, Amor e Bom Senso.

Veja no capítulo das rezas a mais adequada para recolher folhas e raízes. Lembre-se de que as ervas frescas, sejam as do seu jardim ou as compradas no comércio, estão carregadas de água.

E devemos também nos dirigir com respeito ao fator aquático contido nas ervas. Esse fator é muito importante para as práticas de magia.

É ele quem protege a essência vegetal, envolvendo-a em sutis vibrações do elemento aquático, permitindo que ela atue somente onde é necessária.

Aí vem a pergunta: e as pessoas que não estão lendo isso e praticam esses atos de magia? Será que nunca tiveram efeito real? Será que sempre fizeram isso errado?

Muito pelo contrário, de jeito nenhum. Apenas trazemos uma forma diferente, um resgate daquilo que nosso espírito ancestral já conhece e nós esquecemos por causa da nossa vida urbana e uma série de outros fatores.

É muito comum vermos as pessoas irem ao terreiro de Umbanda,tomar o seu passe com o guia, sair com uma lista de ervas para tomar banho e com aquela cara de interrogação. E agora, o que eu faço?

E não é incompetência do espírito ali manifestado. É falta de conhecimento prático. Com certeza para muitos esses escritos aqui é "chover no molhado", ensinar o "padre nosso pro vigário". Mas muitos se beneficiarão, e beneficiarão aos seus semelhantes também com essas dicas de simplicidade.

Resumindo, qual a melhor erva para se trabalhar? A seca ou a fresca?

A resposta é: "A QUE ESTIVER À SUA MÃO"

A que for mais fácil para você, exceto é claro, se for algo muito específico. Por exemplo, a pessoa passou por uma consulta espiritual, no seu centro, terreiro, ou templo de confiança, com seu médium ou terapeuta de confiança, e o guia lhe pediu para fazer algo especificamente com ervas frescas ou secas. Aí a conversa é outra. Se você real­mente confia naquilo que está ouvindo ali, faça. Não discuta. Mas se pairar alguma dúvida, peça outra opinião, ou siga as recomendações que damos aqui.

E lembre-se, nunca fazemos defumação com erva fresca. Comentamos que a erva fresca carrega muita água ainda, não é? Então não colocamos água no fogo. Isso é bom senso. Temos ainda as resinas vegetais, que usamos apenas para defumação, pois seu uso nos banhos pode ser substituído pelas essências das mesmas ervas, quando são imprescindíveis. Entre as resinas mais conhecidas temos o Incenso (Olíbano) de cor amarelada, a Mirra em tons avermelhados, e o Ben­joim em cor acinzentada.

Deixo o uso dessas resinas apenas para defumação, pois realmente temos um conjunto muito bom de ervas à disposição e podemos realmente encontrar para os banhos os elementos contidos nessas seivas endurecidas, em folhas, cascas, raízes, sementes, flores e frutos.


CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE AS ERVAS QUENTES OU AGRESSIVAS 

 CUIDADOS

Os principais cuidados para o uso ritualístico com ervas quentes ou agressivas são em relação aos banhos.

Nessa categoria se encontram várias ervas com grau de toxidade que devem ser avaliadas caso a caso. Na dúvida, se a pessoa já for alér­gica a outros elementos, alimentação, perfumes, etc. pegue uma parte bem pequena da erva e esfregue na pele do braço o suficiente para que este contato, em caso de alergia, desencadeie uma reação cutânea.

Tomar cuidado com os olhos, nariz, boca e ouvido. Banhe a cabeça deixando o banho cair para trás, para as costas. Foi justamente isso o que nos motivou a usa esse termo "agressivas" para essa categoria de ervas, pois se elas forem usadas sem critério podem se tornar agressivas para nós, seres humanos. E o que queremos é que sejam agressivas contra as atuações negativas e seus acúmulos energéticos.

Essa regra se aplica basicamente aos banhos corporais. Nas defu­mações, bate-folhas e banhos para casas não precisamos ter essa pre­ocupação.

Quem já tomou um banho de ervas com a intenção de limpar, descarregar, quebrar demandas sabe que há uma reação comum, uma sonolência e queda de ânimo após a ação.

Por isso a recomendação que esses banhos devam ser tomados antes de dormir, em qualquer horário, mas após tomá-lo evitar ao máximo sair de casa por pelo me­nos 6 horas corridas.

Algumas ervas como o comigo-ninguém-pode, por exemplo, exigem cuidado até para o manuseio, pois desencadeiam processos reativos muito desagradáveis.

FREQUÊNCIA

Naturalmente vai depender do meio em que a pessoa está. Sendo um sacerdote, médium, atendente espiritual, terapeuta que lida com o público e está em constante ação transformadora na vida das pessoas, trabalhando para o bem comum, o banho semanal de descarrego é o ideal como média. Há casos em que se fazem necessários banhos abaixo dessa periodicidade semanal, mas devem ser avaliados caso a caso e devem ter acompanhamento criterioso.

Dou um exemplo de um casal, que trabalhavam ambos como agentes penitenciários e ainda eram médiuns de atendimento em um terreiro de Umbanda. Sua dúvida era quanto à necessidade de tomar banhos de ervas "diários" para se limpar energeticamente das cargas negativas absorvidas no dia a dia.

Eu digo que nesse caso, bem isolado, o banho funcionará como um antibiótico, ou seja, num primeiro momento irá debelar a infecção, mas se usado de forma constante o organismo irá acostumar e deixará de fazer o efeito necessário depois de algum tempo.

Vejo com mais eficácia o banho semanal, de preferência antes do trabalho espiritual no terreiro, que por definição deverá funcionar como um limpador e descarregador de ambos, e o uso de outros meios ritualísticos para proteção, como guias ou colares de sementes ou pedras, óleo ou azeite com ervas passado no topo da cabeça (chacra coronal) no intervalo entre esses banhos, assim como outros elementos e recursos, materiais e espirituais.

É obvio que teremos questionamentos quanto ao padrão mental que deverá ser estabelecido por alguém nessa situação, que funciona naturalmente como um escudo protetor contra essas vibrações negativas do meio em que vivem.

Nesse caso, lembramos que somos seres espirituais em uma experiência humana, e assim passíveis de emoções de toda a natureza. É obvio que a manutenção da harmonia, paciência e paz espiritual são fatores preponderantes para que se mantenham vibratoriamente bem.

Casos complexos como esse servem como desafio e laboratório e esse em especial serviu para aperfeiçoarmos o entendimento de algumas ervas no uso cotidiano.

Já as pessoas que não têm um envolvimento direto com as linhas de choque energético como citei anteriormente, médiuns, terapeutas, etc., podem tomar seus banhos de descarrego a cada três ou quatro semanas, sem problema algum.

Veremos após a explicação sobre as ervas mornas ou agressivas como combinar essas duas categorias para o uso constante, com perio­dicidade diferente.

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TEMPO E INTERVALO

As ervas quentes, esses verdadeiros ácidos astralinos, criam um campo de ação num banho que envolve a pessoa e a coloca numa "frigideira" astral.

Seus corpos espirituais ficam imersos num plasma energético em que são fritados pelas ondas de energia e magnetismo do com­posto, que anulam os acúmulos negativos, destroem a composição de larvas e miasmas, dissolvendo-os, eliminando-os e recolhendo seus resíduos pelos mecanismos do prana ou éter.

Esse processo, em média, dura oito horas contínuas. Falo em média, porque podemos estabelecer uma margem para mais ou menos de 25°/o. Poderíamos dizer que um banho de ervas quentes fica no pico máximo de ação de seis a dez horas após sua administração.

Baseado nisso, observamos OITO HORAS como o intervalo MÍNIMO entre banhos de ervas para descarrego.

É preferível unir ervas quentes e mornas num mesmo banho do que tomar um banho de limpeza espiritual (quentes) e em se­guida um banho de reposição energética (mornas).

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QUANTIDADE

O número de ervas a ser usado num banho também depende dessa necessidade. Estamos falando de banhos exclusivamente com ervas quentes ou agressivas, portanto essas regras colocadas aqui não devem er generalizadas às outras categorias nem ao uso com­binado de quentes e mornas.

É estabelecido pelo senso comum que sete é um bom número.

E isso porque falamos de sete ervas da Jurema, das sete cores do arco-íris, das sete notas musicais, dos sete Tronos de Deus, enfim do setenário sagrado.

Sete ervas quentes em um banho ou defumação é um poderoso arsenal para guerra energética.

E preferível, num tratamento contínuo de três dias, usarmos três ervas diferentes por dia, totalizando nove ervas, do que usar nove ervas juntas durante os três dias.

Vamos ao exemplo prático de banho/tratamento com ervas quentes ou agressivas para descarrego energético:

  1. dia - arruda, guiné, pinhão-roxo;
  2. dia - erva-de-bicho, espada-de-são-jorge, aroeira;
  3. dia - casca de alho, buchinha-do-norte, dandá;

Esse exemplo é de um ritual de limpeza profunda, recomen­dado para casos extremos de obsessão espiritual, atuação de magias negativas ou cascões energéticos densos. Estas ervas citadas são referência e podem ser usadas como exemplo.

Nós poderíamos unir as nove ervas e tomar três banhos sim­plesmente. Vemos os guias espirituais quando recomendam rituais dessa forma seguirem a regra mais simples, na maioria das vezes para que o consulente não desanime e abandone o processo por achar que é "muito complicado".

As entidades espirituais que nos auxiliam aqui no plano físico são profundos conhecedores da nossa natureza humana e traba­lham prevendo o que pode acontecer com nosso ânimo, usando muitas vezes um recurso que pode parecer mais agressivo, mas pre­cavendo a falha na rotina estabelecida. Um bom número de ervas para um banho de limpeza profunda é três.

Um bom número de ervas para uma defumação completa é sete.

Um bom número de ervas para um bate-folhas é o número que voce tiver na mão: 3, 5, 7, etc.

Usamos para os descarregas energéticos número ímpar de ervas, pois assim nosso mental que está desenhado já com essa infor­mação, de que o ímpar é desagregador e não combinante, funciona a nosso favor criando uma imagem mental de banimento, anula­ção, eliminação dos fatores indesejáveis pelo ritual.

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DIREÇÃO

Uma defumação de descarrego deve ser feita de dentro para fora de casa, ou na direção da porta de saída.

Esse procedimento é o famoso banimento, ou envio das vi­ brações negativas, espíritos, forças, para fora de casa. Como disse anteriormente, nosso mental está programado para entender assim: eu ponho para fora o que não quero aqui dentro", ou o que me pre­judica. Literalmente expulsar o mal. Na prática, quando ativamos um ritual somos curadores. 

Curar não no sentido médico literal, mas no sentido espiritual que é muito mais abrangente. Curar é transformar, mudar uma situação, envolver espíritos sofredores, obsessores, perdidos no meio humano, envolvidos pelo seu próprio cascão energético que faz com que não vejam a realidade à sua volta e sigam instintivamente perdidos nos seu escuro consciencial.

Curar não é mandar embora. É envolver, transformar, regenerar, acender a chama da vida, conscientizar e remeter aos meca­nismos da Lei Divina que regem a continuidade de evolução dos seres e meios.

Portanto, se você preferir e tiver certeza que sua mente não o direcionará para a crença de que o contrário não funcionará, pode defumar no sentido que quiser. Eu acredito que a maioria de nós usa esses argumentos paramétricas para manter o foco na magia, no ritual.

Continuo fazendo minhas defumações no sentido da porta, pois como disse, meu foco é a magia e mesmo sabendo que estou curando, isso me faz bem e me mantém ligado no resultado e não no processo em si.

A gente toma o banho de cima para baixo, pois respeitamos a lei da gravidade; fazemos os bate-folhas nas pessoas de cima para baixo, pois entendemos que estamos limpando e o que não quere­mos que fique naquele corpo que caia ao chão. O processo é simples e o entendimento dele também, basta um pouco de observação.

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MITOS E VERDADES

Há alguns mitos em relação a banhos e defumações de des­ carrego. Um deles bem conhecido é que depois da aplicação de um banho de descarrego devemos lavar o chão do banheiro com sal, ou até mesmo açúcar para que o resíduo da descarga astral não pegue em outras pessoas.

Quando preparamos um banho, os elementos ali usados são os absorvedores de toda e qualquer forma de vida consciente ou não, larvas, miasmas, cascões energéticos negativos enfim, que são atraí­dos, envolvidos, dissolvidos e reabsorvidos pelos mecanismos da lei que regem as coisas espirituais e energéticas da natureza e anulados no lado etérico da vida, não restando nada no plano material que possa pegar em outra pessoa. Outro mito é o de após a defumação, a lata de carvão ou o turíbulo devem ser colocados no alto. Pode e deve ser colocado no chão, primeiro para prevenir acidentes, segun­do porque é muito mais prático, e o fato de estar no chão não causa absolutamente nenhum prejuízo energético ao processo.

Um mito muito importante a ser observado é o uso dos ba­nhos de descarrego durante o período menstrual. O mais impor­tante é que a pessoa se sinta bem com o processo. Deve ser sempre de acordo com a convicção da própria pessoa, e nunca uma im­posição externa, pois não há nesse processo orgânico natural para todas as mulheres nenhum impedimento espiritual, desde que a própria não se incomode com isso.

Muitas pessoas associam o sangramento à impureza orgânica, portanto a mulher não pode trabalhar mediunicamente. Eu sempre dei­ xo isso a cargo da própria pessoa, se está sentindo-se bem para trabalhar, se sentirá melhor ainda sendo útil.

Uma opinião bem pessoal, sempre o sistema patriarcal impõe sua vontade social e religiosa criando esses mitos. Falar de impureza ou des­qualificar a posição das mulheres é fácil, mas observar que normalmente as pessoas que adotam esses critérios não medem esforços para criticar seus irmãos de religião, seus vizinhos e familiares, invariavelmente de forma muito dura e julgadora, então, paira a dúvida, quem mesmo é impuro? Algumas mulheres não molham a cabeça nesse período por uma questão tradicional pessoal, que as impede de tomar o banho com­pleto. E mesmo fora desse período, podem evitar molhar o cabelo por questões estéticas.

Nesse caso, recomendo que pelo menos molhem as pontas dos dedos no banho e esfreguem no centro da cabeça e na testa (chacra coronal e frontal).

Existem centenas de outros mitos em relação ao uso das ervas, principalmente essas de descarrego. O importante é que se use o bom senso e não fique preso a eles, dando mais importância ao que os outros falam do que ao resultado esperado pela realização do ritual.

Muitos desses critérios vêm de uma época em que as mulheres ficavam em segundo plano nas decisões religiosas.

A afirmação que gestantes não podem tomar banho de ervas quentes é verdadeira. 

Devemos evitar, por questões puramente energéticas, e também porque o período gestacional proporciona para a mulher uma proteção natural pelos mecanismos da Lei Divina, ou seja, os banhos de descarrego são desnecessários. Salvo em casos extremos de obsessão cármica, que são tratados dentro dos ambientes religiosos e com acompanhamento cauteloso por parte dos guias espirituais e médiuns experientes. Crianças menores de sete anos não precisam tomar banhos de ervas quentes. Nesse caso as ervas mornas desempenham a limpeza necessária. Mas se eventualmente passarem por esse ritual, não terão nenhum inconveniente além dos descritos também para os adultos.

Entre os sete e os doze anos de idade os banhos mistos, com ervas quentes e mornas, são os mais indicados. A partir dos doze anos de idade o tratamento é igual ao dos adultos.

Isso se deve ao amadurecimento dos centros de forças, podendo essa regra ser alterada de acordo com a necessidade percebida principalmente pelos guias espirituais em tratamento de situações cármicas.

A seleção a seguir sugere ervas que podem ser usadas nos banhos ritualísticos e estão separadas por dia da semana levando em consideração os Orixás que tem maior vibração em tais dias. Por exemplo, na segunda-feira a regência é de Mãe Nanã Buruquê, por isso as ervas da Orixá são uma ótima opção para começar a semana! O intuito é de indicar ervas - viáveis para a realização dos banhos - que contribuam para manter o equilíbrio energético, propiciar a cura e ativar o ânimo da semana. Combine-as ou use apenas uma, não há restrições quanto a isso. As ervas dispostas são de caráter equilibrador e desde que usadas com bom senso podem ser empregadas no intervalo mínimo de 24 horas. 

SEGUNDA-FEIRA

ALFAVACA Para começar bem a semana a alfavaca é uma boa pedida. Nesse dia também podemos incluir na lista o hibisco e a camomila, sendo a primeira concentradora de vibrações de cura e ânimo e a segunda uma forte energizadora do sistema imunológico, que por sua vez, também age como regenadora de ânimo. Já a camomila como erva acalmadora é ótima para banhos, defumações e escalda pés. Por conter o aspecto tranquilizador do campo astral sugere-se que o banho seja feito antes de dormir, diferente do hibisco que é aconselhável que se faça pela manhã.

TERÇA-FEIRA

CIPÓ CABOCLO traz para a terça-feira a firmeza de propósito e é indicado para banhos que evocam a concentração, os "pés no chão", a segurança, a direção e a proteção. Outra erva para esse dia é o poejo que evoca para a semana a boa sorte e a atração pessoal unindo isso a sua ação concentradora. E para quem quer dar um "up" na semana, o hortelã e todos os tipos de menta, são ótimos para abrir caminhos, levantar o astral e atuam em todos os sentidos da vida. 

QUARTA-FEIRA

ABRE CAMINHO, Calêndula, Gengibre, Girassol, Laranja, Limão, Losna, Manjericão Roxo, Pitangueira, Romanzeiro êta dia bom pra ter erva dedicada aos Orixás que as regem hein! 

No meio da semana e já tá todo mundo na expectativa do final de semana.. a canseira da segunda e da terça também estão batendo a porta. Para manter o foco na semana e garantir a energia necessária para encerrar bem, a indicação de banho com a abre-caminho é um sucesso! Melhoradora de ânimo para a solução das dificuldades do dia-a-dia a erva viabiliza o foco no aproveitamento das oportunidades, que passam despercebidas em meio aos conflitos cotidianos. Seguindo a lista, temos a: calêndula que pode ser usada para melhorar a apatia, as folhas do gengibre que estimulam a energia individual e as pétalas de girassol que revigoram a "vontade de viver" da pessoa que se sente constantemente esgotada.

Já as folhas da laranjeira produzem a "água de flor de laranjeira" que é um potente tranquilizador de ambientes e seguindo essa linha também temos o limão que como no banho de laranjeira usa-se apenas sua folhas durante a feitura. A ele se atribui o aspecto de desenrolar situações difíceis. Direcionadora e movimentadora de energias de pessoas e ambientes, a Losna é usada em banhos e defumações. Precisa tomar uma decisão? A pitangueira quando ativada auxilia a encontrar um melhor caminho e solução do problema em questão. Por fim, citamos o popular romanzeiro ao qual utilizamos as folhas frescas para os banhos de prosperidade.

QUINTA-FEIRA

ALECRIM... a icônica erva do ponto de defumação também é uma forte equilibradora e traz consigo os aspectos rejuvenescedores, alegres e de iluminação do espírito. 

Chegamos na quinta nos questionando sobre o que realizamos durante a semana e para abrir nossa visão sobre nós mesmos nada melhor do que a Artemísia. "O banho de artemísia ajuda na necessidade de autoanálise e consequentemente na solução da necessidade ilusória." (Rituais com Ervas - banhos, defumações e benzimentos, Ed. Livre Expressão. Camargo, Adriano). Bom nesse dia da semana as indicações de uso também são extensas e pode se utilizar na feitura dos banhos as folhas de café, o capim-cidreira, as folhas de incenso, as folhas de louro e as folhas de mangueira. Lembrando que essas ervas se relacionam com os Orixás que regem esse dia da semana, você pode realizar o banho com apenas uma ou combiná-las de acordo com o seu campo de atuação.

SEXTA-FEIRA

ALFAZEMA Aceitação e compreensão de perdas, hoje é o dia da alfazema fazer seu trabalho trazendo a paz que nosso espírito precisa para a resolução de problemas pendentes. Irmãos, banho de alfazema além de bom para a alma é um maravilhoso perfume natural! Para a sexta também temos uma erva de mãe Iemanjá. O anis-estrelado vai te ajudar no sentido das decisões que precisam ser tomadas com rapidez. Tem algo que precisa ser resolvido com certa urgência e necessita da sua intuição para o desenlace? O banho de Anis vai agir no seu chacra coronal trazendo o equilíbrio e a luz necessários para que você chegue a uma resposta tranquila. Para a sexta também separamos uma erva que vai ajudar quem não está bem de saúde. Grande harmonizador dos chacras, o manjericão é uma erva pertencente a todos os Orixás e uma das mais utilizadas no meio religioso. 

Para fechar nossa semana temos a erva que é oferenda natural para Oxalá e Iemanjá. A rosa branca potencializa a mediunidade e é magnetizadora de tranquilidade, por isso, para médiuns o banho da erva age como um facilitador dessa faculdade. 

Nada impede que você use as ervas de um dia em outro, como dito a ordem disposta se relaciona com o Orixá que vibra com maior intensidade no dia e por sua vez que rege o tipo de erva descrito. Na hora da escolha, atente ao seu objetivo e a funcionalidade que cada erva traz, até porque algumas dessas ervas são regidas por vários Orixás, transitando entre os dias. Foque no seu objetivo, se arme de intuição e sirva-se das dicas aqui propostas. As ervas podem ser tanto frescas como secas. O ideal é tomar o banho e se resguardar ou seja, não realizar mais nenhuma atividade. Se não for possível, opte por tomar pela manhã. 


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